quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

ARTE CONTEMPORÂNEA NA BERLINDA

Esse é o título de uma matéria editada em Zero Hora de 5 de Dezembro de 2009. Porquê demorei tanto para escrever sobre isso, infelizmente, não sei dizer. A verdade é que estava tão sem assunto que resolvi dar uma olhada em partes de jornais que guardo por achar que tais assuntos mereçam atenção melhor em outra hora, em que possa me concentrar melhor, horas, essas, que não chegam e os pedaços de jornais vão ficando amontoados fazendo volume e exalando aquele odor horrível de papel velho. Mas a matéria que fala sobre a arte contemporânea é muito interessante, pois coloca em evidência o quanto nossos "experts" em artes são controversos. O foco principal é a pauleira que Voltaire Schilling, nada mais, nada menos que o diretor do Memomrial do rio Grande do Sul, autor de livros sobre nazismo, revolução chinesa e política norte americana, muito respeitado no ramo das artes. Profundo conhecedor de nossa história cultural, qualificou a arte contemporânea como "flagelo","medonhice","colar sem fim de mau gosto", "perversidades" e "abominações". Está claro que ele teve um dia ruim, ou um ano ruim, para falar apalavras tão descabíveis sobre algo de tão difícil definição. Concordo com a maioria dos pensadores do campo das artes, filosofia e história da arte, que defendem que desde os anos 60 com a Pop Arte e Arte Conceitual, as certezas nesse campo são cada vez mais raras. O senhor Schilling não é o primeiro e nem será o último a criticar a arte contemporãnea, mas não podemos esquecer que a Arte é parte invisível do artista interagindo com parte invisível do espectador e cada um em sua intimidade pode, ou não, se identificar encontrando um elo entre a arte e sua alma. Admirem a arte procurando a resposta sobre suas questões em seu próprio peito.
AT +