sábado, 11 de outubro de 2014

Despedida

Como dizer até logo, adeus, tchau, quando não se quer sair de perto?
Como fazer para parecer natural o sentimeto de ausência que começa a fazer parte de minha vida ao me despedir de alguém?
Como sorrir somente com a boca quando meus olhos estão revelando toda a tristeza que estou sentindo?
O tempo, meu grande aliado para o esquecimento, por vezes me trai, trazendo soluços engasgados a cada segundo que passa aproximando a hora da despedida.
O movimento das pessoas em minha volta parece um tanto estranho, de um estranho mundo que agora não faço mais parte.
Quando penso no vazio que será amanhã quando acordar e não precisar mais seguir pelo mesmo caminho à mesma hora, bate um pavor imenso.
Quando penso que amanhã, ao abrir os olhos, terei apenas a lembrança de quem não verei, sabe-se lá por quanto tempo, tenho a impressão que não saberei programar o restante do meu dia.
Qualquer despedida dá a impressão de um fim. Fim de uma etapa, fim de um sonho, fim de um planejamento, presente vazio que ocupa o lugar de um futuro, que até ontem, parecia certo.
De tudo o que é interrompido, dói mais interromper nossa convivência, teu adeus, teu até logo, teu abraçar com os olhos.
Na bagagem, levo muito de bom, muito de ti, muito de todos e deixo um pouco de mim para todos, e muito de mim fica em ti.
Até...

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